Os médicos credenciados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia se reuniram, na noite desta terça-feira (4),  em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), convocada pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), para discutir sobre as dificuldades enfrentadas pela categoria para prestar um atendimento de qualidade à população. 

Durante a AGE, os profissionais relataram  situações preocupantes  no que diz respeito à falta de condições de trabalho, como falta de insumos, medicamentos, segurança e atraso salarial. 

Após ampla discussão os médicos retiraram uma pauta de reivindicação que será enviada via ofício para  a SMS de Goiânia. No documento será solicitada ainda uma reunião com o secretário de Saúde, Durval Pedroso, com o objetivo de abrir um canal de negociação para que as demandas da categoria sejam atendidas. 

Dentre os principais pontos de reivindicação podemos destacar: pagamento da data-base; ausência dos repasses ao INSS, remuneração para preceptoria, corte da gratificação de urgência dos médicos concursados, reajuste inflacionário sobre a remuneração para os médicos credenciados, falta de segurança, falta de receituário, insumos e medicamentos e revisão do edital de credenciamento retirando cláusulas aviltantes e garantindo o pagamento no vigésimo dia do mês subsequente, recesso remunerado, direito a atestado em caso de adoecimento e insalubridade. 

A presidente do Simego, Franscine Leão vê com preocupação o cenário relatado pelos médicos. “É fundamental que tenhamos um ambiente adequado para exercer nossas atividades e proporcionar o melhor cuidado aos nossos pacientes. Infelizmente, temos observado uma deterioração nas condições de trabalho, fator que compromete o atendimento aos pacientes. Além disso, a situação dos atrasos salariais é extremamente preocupante. Os colegas trabalharam arduamente e precisam receber pontualmente”, afirmou. 

A assembleia ficou aberta em caráter permanente, podendo ser reconvocada a qualquer momento.